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O que é Neuropsicopedagogia?

A Neuropsicopedagogia é uma área multidisciplinar que se dedica ao estudo e ao cuidado com a aprendizagem. Após avaliação e intervenção, o Neuropsicopedagogo pode solicitar exames cerebrais e fazer um acompanhamento do indivíduo por determinado tempo, com o intuito de avaliar a melhora no processo de aprendizagem. As Neurociências envolvem várias áreas de conhecimento que estudam as estruturas, o desenvolvimento e as funções do sistema nervoso.



O que é?

Com interfaces da Pedagogia e da Psicologia Cognitiva, a Neuropsicopedagogia tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana, numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional. Quando a neurociência se alia à educação há o aperfeiçoamento de estratégias que facilitam o aprendizado dos indivíduos que apresentam transtornos e dificuldades com esse processo. Então, este profissional vai estudar o funcionamento do cérebro, de forma a entender a performance dele na captação de informações, seleção, memorização e elaboração delas. O objetivo é, a partir desses estudos, promover a reintegração pessoal, social e educacional dos alunos a partir da identificação, diagnóstico, reabilitação e da prevenção de distúrbios e dificuldades na aprendizagem em diferentes contextos.

Como funciona?

O Psicopedagogo ocupa-se da aprendizagem com o auxílio de métodos para facilitá-la, porém não com o uso de testes. Já o Neuropsicopedagogo, além dos métodos, utiliza a aplicação de testes que fazem o mapeamento das áreas do cérebro ligadas à aprendizagem. O profissional em Neuropsicopedagogia também é de grande importância na promoção da educação especial inclusiva. Seu conhecimento acerca do funcionamento do cérebro e da plasticidade cerebral, dos transtornos do neurodesenvolvimento, das síndromes, das metodologias de ensino e aprendizagem e suas dificuldades capacita-o, em especial, para atender casos mais graves de alunos que têm sua capacidade de aprender limitada por alguma síndrome ou distúrbio. O atendimento Neuropsicopedagógico é normalmente dividido em duas etapas principais, conforme pode ser observado abaixo:

  • Avaliação: Se inicia nas primeiras consultas. É nessa fase que o profissional investiga o comportamento e as dificuldades do paciente, procurando saber os empecilhos em seu processo de vida ou de aprendizagem. O paciente pode não ser capaz de reter o conteúdo passado em sala de aula, aprender lentamente, cometer erros por desatenção ou evitar completamente situações relacionadas à aprendizagem. Essas condutas só podem ser investigadas após um período de observação. Dentro da fase de avaliação também acontece a entrevista com a família (os pais ou cuidadores). O Neuropsicopedagogo conversa com os responsáveis em uma consulta individual. A partir das queixas dos responsáveis e das observações pessoais do Neuropsicopedagogo durante os encontros com o paciente, é possível chegar a um diagnóstico. Essa fase geralmente consiste em aproximadamente oito consultas, onde o profissional aplica estratégias específicas. Em seguida, o Neuropsicopedagogo informa aos responsáveis o modelo de aprendizagem do paciente e os fatores que interferem na retenção do conhecimento e comportamento dele. Além disso, são feitas recomendações de tratamento e indicações de profissionais, caso seja necessário, para torná-lo mais completo.
  • Acompanhamento: Assim que é passado o diagnóstico da avaliação, é possível dar início ao acompanhamento neuropsicopedagógico. Nesta fase, o profissional faz uso de vários recursos, integrando princípios da pedagogia, psicologia, linguística, neurociência, entre outras áreas do conhecimento. As ferramentas são utilizadas conforme as dificuldades ou distúrbios de aprendizagem apresentados pelo paciente, respeitando o seu tempo de evolução. Para as crianças, são programadas atividades lúdicas, como jogos ou brincadeiras, para trabalhar os déficits no processo de aprender. Já com os adultos, o trabalho é um pouco diferente. Por se tratar de um indivíduo com maior consciência de sua condição e capacidade de expressão, o neuropsicopedagogo utiliza ferramentas mais pontuais, entretanto nunca deixando de ser lúdico e agradável. São desenvolvidas atividades para estimular a percepção visual, espacial e auditiva, a capacidade de leitura e a estrutura cognitiva do paciente, além de projetos para desenvolver a sua autonomia e melhor qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o trabalho do neuropsicopedagogo desenvolve a autoestima e a autoconfiança. Os pacientes vão se tornando mais autônomos, passam a tomar decisões compatíveis com suas necessidades e desejos e, sobretudo, acreditam em seu potencial. O número de sessões do atendimento psicopedagógico depende do grau de dificuldade do paciente e da sua resposta ao tratamento.
  • Atenção (capacidade de selecionar e priorizar informações)
  • Praxias (capacidade de executar movimentos)
  • Gnosias (capacidades perceptivas)
  • Funções executivas (capacidade de planejar, iniciar, controlar e desempenhar comportamentos dirigidos a um objetivo).

Para quem é?

O Neuropsicopedagogo trabalha no atendimento de jovens e crianças que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem de forma a favorecer a formação desses estudantes. Ele também pode atuar na recuperação e no tratamento de adultos e idosos com perdas cognitivas. Assim, esse profissional tem a função de ser um facilitador educativo para todas as faixas etárias gerando a inclusão de todos na educação, mercado de trabalho, na sociedade e outros espaços onde o conhecimento e a comunicação favorecem a qualidade de vida do sujeito.

Porque Fazer?

Uma boa avaliação Neuropsicopedagógica pode auxiliar no rastreamento dos processos e mecanismos de aprendizagem das crianças, adolescentes, adultos e idosos, ajudando -os a superarem as dificuldades. E quando devo procurar uma Neuropsicopedagoga? No momento em que observar alguns sinais, como:

  • Atraso no desenvolvimento global;
  • Aquisição lenta do vocabulário;
  • desorganização geral na folha (orientação espacial);
  • baixo rendimento escolar;
  • falta de interesse nos estudos;
  • dificuldade de raciocínio lógico;
  • falta de atenção e concentração;
  • dificuldade para interpretar o que lê;
  • dificuldades de memória;
  • problemas na percepção (auditiva ou visual);
  • praxias;
  • gnosias;